13 de fevereiro de 2017

SERVIÇOS

Biopsia Óssea

Preparo para marcação do osso prévio à biópsia

Usar uma medicação, chamada tetraciclina (ou uma medicação similar, sempre segundo orientação médica), que vai auxiliar o médico a entender como está a remodelação óssea. A tetraciclina deve ser tomada por via oral da seguinte forma: tomar por 3 dias consecutivos; parar por 10 dias; e após esse intervalo de 10 dias tomar novamente por mais 3 dias. A biópsia deve ser feita de 3 a 5 dias após a última dose da medicação. A tetraciclina se fixa ao osso, possibilitando a medida da formação e mineralização óssea.

• Biópsia Transilíaca

• Procedimento realizado no Centro Cirúrgico da Fundação Pró-Renal

Procedimento da biópsia óssea

A biópsia óssea seguida da análise histomorfométrica, que consiste em um estudo detalhado do osso através do microscópio, é  a melhor maneira  de se diagnosticar as doenças ósseas. Assim, por exemplo, através da biópsia óssea pode se identificar a causa  do osso estar fraco e quebrar fácil (osteoporose); assim como se outras doenças, como a doença renal crônica e o transplante renal, estão prejudicando o osso. Muitas vezes a biópsia óssea é a única forma de se fazer o diagnóstico correto e, assim, de se propor o tratamento mais adequado.

O procedimento é simples e seguro. É feita uma pequena incisão (corte) de 3 cm na pele e retirado um pequeno fragmento do osso ilíaco (quadril) através de uma agulha especial. A biópsia é feita sob anestesia local e sedação leve, que fazem a pessoa relaxar e não sentir dor. O paciente não precisa ficar internado e vai para casa no mesmo dia!

A biópsia óssea é um procedimento simples e seguro, com poucos riscos para o paciente. As complicações mais comuns após a biópsia são dor e formação de hematoma no local, que ocorrem em menos de 5% dos casos.  Quando presente, a dor pode ser tratada com analgésicos, sempre seguindo a receita e a orientação médicas. O hematoma se resolve espontaneamente, podendo ser benéfico fazer compressa fria (bolsa de gelo) no local.

Os cuidados em casa auxiliam a evitar que as complicações apareçam. Dessa forma, orientamos repouso nas primeiras 24 horas após o exame e evitar atividades físicas leves a moderadas na primeira semana. Retomar as atividades físicas normais somente após 2 semanas da biópsia. Esses cuidados são necessários pois a atividade física mais intensa, se iniciada precocemente, pode causar dor, e atrapalhar a cicatrização.

Os pontos devem ser retirados 7 dias após a biópsia.

Em caso de dúvidas, o paciente deve sempre contactar o médico.

São indicações de biópsia óssea + histomorfometria:

  • Presença de fraturas atraumáticas sem causa conhecida
  • Suspeita de um defeito de mineralização óssea
  • Fragilidade óssea (muitas fraturas) com densitometria normal
  • Em paciente com doença renal crônica com fraturas antes de iniciar tratamento para osteoporose
 

Histomorfometria Óssea

• Osso trabecular e cortical

• Parâmetros estruturais: microarquitetura óssea

• Parâmetros dinâmicos: formação e mineralização óssea

• Adiposidade da medula óssea

Informações adicionais

Todas as amostras devem ser fixadas em álcool 70%, essa etapa é crucial para uma análise de qualidade. A fixação é a etapa de processamento mais importante para obtenção de lâminas, pois nesse processo as características da amostra “in vivo” são preservadas.

As amostras para histomorfometria óssea são emblocadas em resina de metacrilato, seu processamento é diferenciado, pois não ocorre remoção do cálcio para o corte histológico. Tal processo requer maior tempo para realização, visto que a permeabilidade do osso calcificado é menor que dos demais tecidos.

Para o diagnóstico histomorfométrico são analisados padrões dinâmicos e estáticos, que são observados através das seguintes técnicas: Tratamento prévio com tetraciclina e avaliação da fluorescência, Azul de toluidina, Tricrômico de Goldner, Van Kossa, Solocromo, Ferro.

A técnica de histomorfometria óssea é muito mais delicada que o processamento histológico convencional. Portanto, para uma bom processamento é imprescindível que este seja feito seguindo os mais rígidos critérios de qualidade.

O laboratório P.R.Ó. realiza esses exames de maneira pioneira no Sul do país, sendo o único centro fora de São Paulo a realizar exames de histomorfometria óssea.

É uma análise de uma biópsia óssea que, na maioria das vezes é realizada na região da crista ilíaca, cuja leitura é realizada através de um software específico. Esta técnica avalia quantitativamente a microestrutura do tecido ósseo trabecular e cortical, e fornece importantes informações como o volume ósseo, espessura das trabéculas e do osso cortical (foto 1).  Além disto, avalia de uma maneira dinâmica, parâmetros de fisiologia óssea como a formação e a mineralização do osso recém formado (foto 2).  Estas medidas, possíveis pela marcação com tetraciclina, traduzem o quanto de remodelação está ocorrendo no tecido ósseo, informação esta, que nos auxilia no diagnóstico e na decisão terapêutica.

FOTO 1: PARÂMETROS ESTRUTURAIS DA HISTOMORFOMETRIA ÓSSEA
OSSO CORTICAL
OSSO TRABECULAR
FOTO 2: PARÂMETROS DINÂMICOS DA REMODELAÇÃO ÓSSEA
DUPLA MARCAÇÃO COM TETRACICLINA

 

 

Marcação com tetraciclina permite a medida da superfície de mineralização e a taxa de formação óssea

Saiba mais

 

Informações Importantes

* As biópsias realizadas fora da Fundação Pró-Renal devem ser colocadas em um frasco com etanol 70% e enviadas ao Laboratório PRO

* Laudos serão enviados por e-mail após 60 dias.

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